Maria Berenice Dias é uma jurista. Filha e neta de desembargadores, tornou-se, em 1973, a primeira mulher a ingressar na magistratura no estado do Rio Grande do Sul. A sua especialização é no julgamento de ações que envolvem o Direito de Família e Sucessões.
A desembargadora Maria Berenice Dias foi fundadora e é vice-presidente do Instituto Brasileiro de Direito de Família (IBDFAM), entidade que veio a transformar o entendimento tradicional do que é uma família.
Maria Berenice Dias também é reconhecida internacionalmente por suas posturas progressistas em relação aos direitos da mulher na sociedade. Ela fundou o Jornal Mulher, o Disque Violência, entre outros projetos mais que vieram a marcar e continuam a influenciar profundamente a sociedade brasileira moderna. É autora do livro Homoafetividade - O Que Diz a Justiça, A Lei Maria da Penha na Justiça, Conversando sobre o Direito das Famílias, entre várias outras obras.
Recentemente entrevistada no Marília Gabriela Entrevista, ela conta que uma vez os colegas da faculdade da filha, diante da militância da mãe na causa homoafetiva, chegaram a questionar a sexualidade de Maria Berenice. Tomando o episódio como exemplo, diz: “Parece que não podemos defender outras causas a não ser a própria!”. Gabi elogia o trabalho da convidada e pergunta qual é sua maior vitória. A resposta: “Ter recebido o título de juíza dos afetos”.
Destacarei, ainda, outras falas que tenho desta admirável jurista na área da família:
“Todo mundo ria, porque era uma coisa completamente fora das possibilidades da época querer ser Juíza, era como se eu dissesse que queria ser astronauta.”
“Quando nasceu meu primeiro filho, me deram licença-saúde e me mandaram trabalhar depois de 30 dias. E falaram assim: Viu como mulher não pode ser Juíza mesmo?”
“Toda essa exclusão que tive ao longo de uma vida foi o que me sensibilizou para esse viés um pouco mais social, um pouco mais atento a essas discriminações.”
Certa vez, numa palestra, Maria Berenice ouviu a pergunta: "A senhora é lésbica?". A resposta veio fundamentada: "Sou lésbica, sou negra, sou vítima de violência doméstica, sou tudo aquilo que defendo e acredito". Isso resume sua trajetória corajosa para quebrar tabus. Detalhe: ela é loira, foi casada cinco vezes com homens e é mãe de três filhos.
“Não se reconhecer a possibilidade do casamento homossexual daqui a 50 anos vai soar tão absurdo como hoje soa absurdo, por exemplo, o impedimento de as mulheres votarem.”
“Sou completamente contra qualquer influência da religião, principalmente na Justiça. Acho horrível a idéia de ter o crucifixo como símbolo no Tribunal.”
A desembargadora Maria Berenice Dias foi fundadora e é vice-presidente do Instituto Brasileiro de Direito de Família (IBDFAM), entidade que veio a transformar o entendimento tradicional do que é uma família.
Maria Berenice Dias também é reconhecida internacionalmente por suas posturas progressistas em relação aos direitos da mulher na sociedade. Ela fundou o Jornal Mulher, o Disque Violência, entre outros projetos mais que vieram a marcar e continuam a influenciar profundamente a sociedade brasileira moderna. É autora do livro Homoafetividade - O Que Diz a Justiça, A Lei Maria da Penha na Justiça, Conversando sobre o Direito das Famílias, entre várias outras obras.
Recentemente entrevistada no Marília Gabriela Entrevista, ela conta que uma vez os colegas da faculdade da filha, diante da militância da mãe na causa homoafetiva, chegaram a questionar a sexualidade de Maria Berenice. Tomando o episódio como exemplo, diz: “Parece que não podemos defender outras causas a não ser a própria!”. Gabi elogia o trabalho da convidada e pergunta qual é sua maior vitória. A resposta: “Ter recebido o título de juíza dos afetos”.
Destacarei, ainda, outras falas que tenho desta admirável jurista na área da família:
“Todo mundo ria, porque era uma coisa completamente fora das possibilidades da época querer ser Juíza, era como se eu dissesse que queria ser astronauta.”
“Quando nasceu meu primeiro filho, me deram licença-saúde e me mandaram trabalhar depois de 30 dias. E falaram assim: Viu como mulher não pode ser Juíza mesmo?”
“Toda essa exclusão que tive ao longo de uma vida foi o que me sensibilizou para esse viés um pouco mais social, um pouco mais atento a essas discriminações.”
Certa vez, numa palestra, Maria Berenice ouviu a pergunta: "A senhora é lésbica?". A resposta veio fundamentada: "Sou lésbica, sou negra, sou vítima de violência doméstica, sou tudo aquilo que defendo e acredito". Isso resume sua trajetória corajosa para quebrar tabus. Detalhe: ela é loira, foi casada cinco vezes com homens e é mãe de três filhos.
“Não se reconhecer a possibilidade do casamento homossexual daqui a 50 anos vai soar tão absurdo como hoje soa absurdo, por exemplo, o impedimento de as mulheres votarem.”
“Sou completamente contra qualquer influência da religião, principalmente na Justiça. Acho horrível a idéia de ter o crucifixo como símbolo no Tribunal.”
“Aposto naquilo que fiz, no que plantei, e espero deixar algumas sementes”, ao falar sobre sua aposentadoria recentemente.
Por fim: “O afeto é uma realidade digna de tutela”.
Por fim: “O afeto é uma realidade digna de tutela”.
4 comentários:
meu amigo querido
que bom ter conhecido essa mulher através de você
já virei fã
te adoro
beijos
Cardo!
Em meio a tantos escândalos e casos de corrupção, tantas CPIs que se perdem pelo caminho... confesso que andava descrente com a nossa justiça, perante a gama de desrespeito a nós cidadãos brasileiros.
Mas lendo este texto, fico muiito feliz q ainda podemos contar com alguns seres capazes de se preocuparem verdadeiramente com o bem-estar da sociedade.
Que mulher admirável!
Digna de belas e merecidas homenagens.
Um grande exemplo não só para o magistrado, mas para todos nós no sentido mais amplo de "abraçar causas".
Parabénssss mais uma vez... você é lindoooo maninho!!!! :)
Beijossss azuisss que te amam!!!
...
Ela é admirável, não? Falo como alguém que conhece um pouco de sua luta. A juíza dos afetos pode ter se aposentado recentemente, e daí?
Ganhamos uma ativista [de peso] em prol e em defesa dos direitos das vítimas de preconceito!
Parabéns ao Brasil por brasileiros assim, não é mesmo, Serginho e Neidinha?
Obrigado pelos comentários! Beijão!
...
adoro a Maria Berenice sou fã dessa pessoa tão admiravel, tão realista em relação a sociedade. os olhos dessa mulher sim que está nos problemas que tem por ai.
sou fã de coração.
beijos
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