O mundo precisa da alma de poetas. É por isso que, às vezes, imaginar a vida simples assim pode ser daqueles momentos em que falar, pensar ou estar com amigos de verdade faz um bem danado. Um diálogo desses bem que podia ser de verdade (pra mim, foi verdade). E pra você?
- Fala, meu arretado!
- Fala, meu arretado!
- Vixe, que surpresa! Tudo bem?
- Tudo. Tava aqui de bobeira, sentado nas pedras do Arpoador, pensei: Vou dar uma ligada [...], a primeira ligada, só pra dizer que o pôr de sol é deslumbrantemente lindo, principalmente visto daqui... algo indecifrável.
- Tudo. Tava aqui de bobeira, sentado nas pedras do Arpoador, pensei: Vou dar uma ligada [...], a primeira ligada, só pra dizer que o pôr de sol é deslumbrantemente lindo, principalmente visto daqui... algo indecifrável.
- Hã? Faz isso comigo, não...Antes de voltar ao [...] tenho que passar aí. Pecado seria não passar aí... Mas, peraí, desliga que eu te ligo em seguida.
- Claro que não, eu quis. Nem vem que não tem. Nem desligo a ligação, menos ainda o momento diante desta janela aberta no firmamento. Tá tudo on line diante de mim... e é mais lindo do que eu imaginava... um marzão azulzim da cor do céu...
- Ó meu Deus, tinha que estar aí... e vou estar! Tô indo!
- Que nada, duvido!
- Ih! Ô teimoso, tô dizendo que vou pintar esse azul com minhas cores é porque vou, não teime!
- Tá bom, mas não por não teimar. Vou te aguardar no Arpoador. Rápido que o pôr de sol pediu um tempo à lua, mas não demore. O momento é simplesmente mágico.
- Posso imaginar... deve ser um paraíso...
- E o que não é paraíso passa a ser num olhar, num sotaque... Lembrei até de uma poesia de Corinne Bailey Rae, diz assim: “...just like a star across my sky, just like an angel off the page”… cara, só liguei pra compartilhar o momento, até porque também eu queria [...].
- Tá bom, amigo, não vou incomodar sua catarse. A ligação já deve estar cara... Dia desses eu te ligo debaixo de um pôr de lua... [...]
- Valeu, poeta! [...]
Um comentário:
Filho querido, que linda conversa imaginária, parece até real, rsrs... Você e um "arretado"...
Quanto ao que você se lembrou, na conversa imaginária, sobre a grande Corinne, eu sempre gosto de ouví-la no Blog que ela tem e que voz! Vá lá e ouça esta: Corinne Bailey Rae - Live In London & New York. Acredito que seja a mesma pessoa. Ela inclusive é uma mulata muito bonita.
Vou ficando por aqui deixando um beijo no seu coração, levando um lindo botão de rosa para você colocar na jarrinha... aquela que está sobre a mesinha, no seu coração.
Su madrezita, ANNA MARIA
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