“Amor em qualquer língua traz união”. Retirei a frase de meu arquivo musical. Assisti há algum tempo atrás a apresentação de corais, um dos quais me tocou profundamente. O refrão dizia exatamente o que é verdade pra mim (e pra muita gente). Amor é apátrida. Desconhece fronteiras. Povos. Línguas. Nações. Guerras e quaisquer conflitos que se tenha construído durante sua ausência também desconhece. Ele simplesmente é acima de tudo e de todos. Ele é. Nada mais, além do amor, é. Tudo o mais apenas existe. A natureza inteirinha, rica e multidiversificada, existe. Mas apenas o amor é porquanto amor é Deus, posto que Deus é amor.
Quem ama conhece a Deus, saiba disso a pessoa como informação ou não. Amor não é conceito, definição ou idéia. Amor não é desejo, sentimento, nem posse, nem razão, nem nada que se caiba em qualquer lugar definido ou “esperável”. Amor é sempre Graça de Deus. E o amor, sinceramente, penso, não está nem aí para a devoção racional ou sobrenatural (espiritual) que tenhamos em relação a ele. Ele se faz presente. Age. Acontece. E faz toda a diferença no ser e em cada ambiente por onde seus rastros construam o bem.
O amor não tem pressa, sabe fazer a hora. Ele sabe que vence. Tudo espera, tudo alcança, o que vale dizer prospera em todos os seus objetivos. Tanto no Cristianismo quanto no Espiritismo sabe-se que o amor é mais forte que a morte. O amor jamais acaba, remonta-nos em sabedoria o discurso de São Paulo aos Coríntios.
O amor não é prático. Ele é simples. Não é solucionador, é amigo e solidário. Não é dono, mas naturalmente servo. Não tem razão, mas apenas existe da razão de ser: o amor.
Caio Fábio diz, em “O que é importante?”, que onde quer que você veja alguém que prefere a paz à contenda, que deseja mais a vida do que a “vitória”, que se compraza na verdade e na justiça mais do que em “conquistas”, que não se ensoberbeça e nem se torne arrogante diante de qualquer sucesso, que tenha alegria na alegria dos outros, e se condoa das dores do próximo, e que tendo como, sempre faça alguma coisa, sem jamais tornar-se cínico ou blasé, e sempre reverenciando e respeitando o próximo – saiba: aí está quem ama; e, portanto, é nascido de Deus, pois, ama a todo aquele que de Deus é nascido, e também a todo aquele que sendo de Deus, ainda não se fez Dele nascido.
Para muitos o que digo é uma super-redução. Mas para quem sabe o que amor é, mesmo que seja um Forrest Gump, o que digo diz tudo o que importa na vida e aos olhos Daquele que vê.
Nota: A citação de Forrest Gump, o que inspirou a própria imagem acima, tem a ver com o artigo ao qual me referi “O que é importante?”, no qual se poderá compreender melhor o uso da imagem, sobretudo quando diz: “Pouca gente sabe (como Forrest Gump) o que o amor é de fato. (...) O problema é que ao ouvirmos falar de amor pensamos em tudo, menos em amor mesmo! (...) Amar é uma decisão do entendimento do sentido da vida”.