"Soy hombre: duro poco
Y es enorme la noche
Pero miro hacia arriba:
Las estellas escriben.
Sin entender compreendo:
Tambien soy escritura
Y en este mismo instante
Alguien me deletrea".
Otávio Paz, in Hermandad (Homenaje a Claudio Ptolomeo)
“(...) Sem entender compreendo:
Também sou escritura
E neste mesmo instante
Alguém me decifra”
Otávio Paz, in Hermandad (Homenaje a Claudio Ptolomeo)
“(...) Sem entender compreendo:
Também sou escritura
E neste mesmo instante
Alguém me decifra”
Nota: Otávio Paz, mexicano, recebeu o Prêmio Nobel de Literatura em 1991. Importante ensaísta e conferencista (El Laberinto de la Soledad, El Arco y la Lira, El Mono Gramático, Los Hijos del Limo, Sor Juana Inés de la Cruz o las Trampas de la Fe). Gracias, Madrezita. Fui inspirado por ti!
2 comentários:
Lindo de mãezinha, que bom que você colocou este lindo poema do mexicano Otávio Paz.
Em português está assim:
"Sou homem: duro pouco
E é enorme a noite
Mas olho para cima:
As estrelas escrevem.
Sem entender compreendo:
Também sou escritura
E neste mesmo instante
Alguém me soletra."
Filhote, é aquilo que comentei e muitas vezes nós ficamos olhando para céu... tentando contar as estrelas mas... Vejo quão grande é a criação.
Eu creio que seja assim: que um Deus se faça finitude em nossa finitude, que um Deus se faça ambigüidade em nossa ambigüidade, é dizer que o nosso destino é a Liberdade, é dizer que o nosso destino é a Felicidade, é a Justiça, a Beleza, a Bondade... é dizer que nossa humanidade só se concretiza na Dignidade... é dizer que a vida da gente é um bem precioso, tão precioso que só pode ser entregue para coisas grandes, coisas que apontem para a realização de nossas exigências mais fundamentais, coisas que apontem para a resposta do "sentido". É assim ainda: olhar para o infinito é olhar para o destino... olhar para as estrelas é saber-se parte de algo que vai além de si mesmo e que diz mais verdade sobre si do que se possa imaginar... olhar para o outro é como olhar para o infinito, é como olhar para as estrelas...Diante do céu, a gente se depara com o Mistério... Diante do outro, a gente também se depara com o Mistério. E alcançar Deus num olhar para o céu e num olhar para o outro, é saber que a vida só tem sentido se for para um Outro.
Meu lindo, hoje escrevi muito. Estava lendo um escrito do Paulinho e me deu vontade de vir até aqui.
Um beijo da mãe que não tem mais limite no amor por você.
...
Sim, mãe, tanto faz "soletrar" quanto "decifrar". Conquanto ambas estejam corretas, para a composição do texto, a sua sugestão parece-me mais próxima do pensar de Otávio Paz.
Gracias, Madrezita! Míra cómo éres muy importante!
...
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