sábado, 20 de setembro de 2008

Hermandad


"Soy hombre: duro poco
Y es enorme la noche
Pero miro hacia arriba:
Las estellas escriben.
Sin entender compreendo:
Tambien soy escritura
Y en este mismo instante
Alguien me deletrea".


Otávio Paz, in Hermandad (Homenaje a Claudio Ptolomeo)


“(...) Sem entender compreendo:
Também sou escritura
E neste mesmo instante
Alguém me decifra”



Nota: Otávio Paz, mexicano, recebeu o Prêmio Nobel de Literatura em 1991. Importante ensaísta e conferencista (El Laberinto de la Soledad, El Arco y la Lira, El Mono Gramático, Los Hijos del Limo, Sor Juana Inés de la Cruz o las Trampas de la Fe). Gracias, Madrezita. Fui inspirado por ti!

2 comentários:

Anônimo disse...

Lindo de mãezinha, que bom que você colocou este lindo poema do mexicano Otávio Paz.
Em português está assim:

"Sou homem: duro pouco
E é enorme a noite
Mas olho para cima:
As estrelas escrevem.
Sem entender compreendo:
Também sou escritura
E neste mesmo instante
Alguém me soletra."

Filhote, é aquilo que comentei e muitas vezes nós ficamos olhando para céu... tentando contar as estrelas mas... Vejo quão grande é a criação.
Eu creio que seja assim: que um Deus se faça finitude em nossa finitude, que um Deus se faça ambigüidade em nossa ambigüidade, é dizer que o nosso destino é a Liberdade, é dizer que o nosso destino é a Felicidade, é a Justiça, a Beleza, a Bondade... é dizer que nossa humanidade só se concretiza na Dignidade... é dizer que a vida da gente é um bem precioso, tão precioso que só pode ser entregue para coisas grandes, coisas que apontem para a realização de nossas exigências mais fundamentais, coisas que apontem para a resposta do "sentido". É assim ainda: olhar para o infinito é olhar para o destino... olhar para as estrelas é saber-se parte de algo que vai além de si mesmo e que diz mais verdade sobre si do que se possa imaginar... olhar para o outro é como olhar para o infinito, é como olhar para as estrelas...Diante do céu, a gente se depara com o Mistério... Diante do outro, a gente também se depara com o Mistério. E alcançar Deus num olhar para o céu e num olhar para o outro, é saber que a vida só tem sentido se for para um Outro.

Meu lindo, hoje escrevi muito. Estava lendo um escrito do Paulinho e me deu vontade de vir até aqui.
Um beijo da mãe que não tem mais limite no amor por você.

[Farelos e Sílabas] disse...

...

Sim, mãe, tanto faz "soletrar" quanto "decifrar". Conquanto ambas estejam corretas, para a composição do texto, a sua sugestão parece-me mais próxima do pensar de Otávio Paz.

Gracias, Madrezita! Míra cómo éres muy importante!


...

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