Hoje, pela manhã, estive numa das melhores palestras deste ano. Há cinco meses não via o Caio, a quem conheço – não apenas por ouvir dizer, mas por abraços – desde o início da década de noventa. Esteve conosco aqui neste domingo chuvoso e friorento no Rio de Janeiro. Condições climáticas à parte (deixemos a obviedade carioca para outro momento), nem por isso deixaram de levantar de suas camas cerca de mil e tantas pessoas que lotamos o espaço na Catedral Presbiteriana do Rio.
Sentado ao lado de um casal de amigos, ambos advogados civilistas (tal como eu) a quem não via há uns três ou quatro anos, ouvimos-lhe dizer, emocionado, de sua intensa e fraterna relação parental com o pai. ‘E o que isso tem a ver com a palestra, você pode me perguntar. É algo tão particular de sua família, alguns podem dizer’ – foi o que dialogou conosco. E a partir da pergunta retórica, expôs a conclusão de forma surpreendentemente assertiva (e não menos bela) sobre os processos de paternidade numa relação de caminhada com nossas formas de amor, controle e infantilização. Eu viajei em tantos argumentos construídos com tamanha simplicidade que desisti de ficar anotando. Ouvir seria mais enriquecedor. E o foi.
‘Nossos problemas são apenas meios que nos possibilitam o crescimento interno, pra dentro de nós enquanto indivíduos. Numa relação transcendental com Deus não é diferente. Se Ele é o paizinho a quem muitos cristãos se referem, então, existem etapas no cuidado com seus filhinhos. Quando a gente se torna adulto e, de repente, cai em meio a uma depressão que nos silencia a alma a ponto de acharmos que estamos absolutamente entregues à solidão, desamparados por todos, enganamo-nos. Não estamos vivendo solidão, mas, no máximo, aprendendo a crescer na solitude. Solitude sim, e nunca solidão.’ E tantas foram as demais palavras que, sinceramente, resolvi silenciar a fim de gestar novas idéias para futuros posts. Aprendi algumas lições. Não poucas. Foi-me o bastante para um dia inteiro. Quiçá para muitos outros não menos inteiros...
Sentado ao lado de um casal de amigos, ambos advogados civilistas (tal como eu) a quem não via há uns três ou quatro anos, ouvimos-lhe dizer, emocionado, de sua intensa e fraterna relação parental com o pai. ‘E o que isso tem a ver com a palestra, você pode me perguntar. É algo tão particular de sua família, alguns podem dizer’ – foi o que dialogou conosco. E a partir da pergunta retórica, expôs a conclusão de forma surpreendentemente assertiva (e não menos bela) sobre os processos de paternidade numa relação de caminhada com nossas formas de amor, controle e infantilização. Eu viajei em tantos argumentos construídos com tamanha simplicidade que desisti de ficar anotando. Ouvir seria mais enriquecedor. E o foi.
‘Nossos problemas são apenas meios que nos possibilitam o crescimento interno, pra dentro de nós enquanto indivíduos. Numa relação transcendental com Deus não é diferente. Se Ele é o paizinho a quem muitos cristãos se referem, então, existem etapas no cuidado com seus filhinhos. Quando a gente se torna adulto e, de repente, cai em meio a uma depressão que nos silencia a alma a ponto de acharmos que estamos absolutamente entregues à solidão, desamparados por todos, enganamo-nos. Não estamos vivendo solidão, mas, no máximo, aprendendo a crescer na solitude. Solitude sim, e nunca solidão.’ E tantas foram as demais palavras que, sinceramente, resolvi silenciar a fim de gestar novas idéias para futuros posts. Aprendi algumas lições. Não poucas. Foi-me o bastante para um dia inteiro. Quiçá para muitos outros não menos inteiros...
4 comentários:
Olá meu filhote carioca!
Fiquei super feliz quando recebi seu torpedinho dizendo que estava dentro da Catedral Presbiteriana ouvindo o Caio. Sei o quanto você o admira, convivência de muitos anos,idas no Café com Graça, etc... Se pudesse teria saído daqui de BH e ido nesta palestra. Tenho certeza que você assimilou tudo que foi falado e de tudo saiu este "farelos e sílabas" tão bem escrito e claro, linguagem de um excelente advogado cívil. Parabéns meu filho, você é e será sempre muito especial para esta mãe e para muitos que têm a felicidade de conviver com você.
Um beijo grande no seu coração.
Su madrezita, ANNA MARIA
Ô, mãe, ô, mãe! Só me enriquece saber que, se possível, teria estado comigo. Por que digo isso? Porque sei o quanto também iria gostar. Por várias razões.
Beijo saudoso del hijito
Maninho querido!
Você me ensina tanta coisa, e me esclarece tannnntasss outras...
Sou uma privilegiada por ter vc em minha vida!
Beijossss q te amam! :)
...
Somos aprendizes uns dos outros.
Eu tenho tanto a aprender com teu sorrir-viver!
Continue me ensinando, prometo me esmerar!
Beijos do maninho que te ama tantão assim ó!
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