Um caderninho pra aprender a conjugar olhares. Tu me olhas e não me vês. Eu te olho e não conheço. Eles simplesmente não entendem, deixam de olhar. Um olhar, dois olhares, três olhares e... te amo! Um não-olhar, dois não-olhares, três não-olhares e...me ajude! O que vai além da pele não é o que sente, mas o que se sabe. O olhar denuncia o que se entendeu, não dá pra disfarçar. Eu me olho, não me vejo. Eu me olho e me reconheço. Quantos olhos há em mim! Tu te olhas, não te vês. Tu te olhas e te reconheces. Quantos olhares há em ti! O Bem e o Mal na soma dos nossos olhares! Nós é que “com-julgamos”: seja o diferente, o que interfere e o que se liberta. Eis o verbo, cidadão! Isso aqui é vida, é olhar gramática! Não é ensaio, pseudo-matemática! A aula acabou. Chega de lógica. O viver feliz-conjugado é antológico. De pedacinho em pedacinho as histórias se repetem. Exceto os olhares, eles nunca mais serão iguais. Os bons autores se decifram. A gente vai formando a nossa própria trajetória. E o que não se viu, o que não se viveu, deixa a Decisão reescrever numa outra ficção...
sexta-feira, 14 de novembro de 2008
Conjugando historinhas vida afora
Migalhas por
[Farelos e Sílabas]
às
11/14/2008
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13 comentários:
Gostei muito do seu blog. O seu texto de apresentaçao (farelos de mim) é perfeito, inclusive há uma citaçao de Foucault que é um dos caras que estou pesquisando ultimamente.
Quanto ao seu caderninho para aprender a conjugar olhares é um vitral... de histórias e de verdades. GOstei da tua maneira de escrever. E voltarei mais vezes.
Abraçao.
Inté!
Rapaz, gostei bastante daqui.
Vou linkar lá.
Abraço
ah esse meu amigo apaixonado...
amei a foto do cara de gravata e dorso nu!
te amo
Cara, estou retribuindo a visita que recebi no meu blog, gostei bastante daqui.
Conjugar é muito complicado, somos meio egoístas, muitas vezes junta-se o "meu" de um com o "meu" do outro, e dois nunca se tornam um...
Abção, voltarei mais vezes nesse lugar.
às vezes a gente olha, mas não enxerga...
Amei demais esse exto viu. Você como sempre completando o meu dia.
Ao terminar de ler o texto, lemberei-me dessa música:
Olhos de Ísis (Jorge Vercilo)
O vinho que te trago,
tenho que provar primeiro
será que vale estar
no seu lugar?
por que é que todo mundo
anda armado o tempo inteiro?
eu não trago a maldade
em meu olhar
Uma noite assim
de pétalas no chão
os seus lábios guardam
o néctar dos céus
a naja da cobiça
nos espreita à escuridão
e o veneno da inveja
depurando o moscatel
A beleza é uma
arma em suas mãos
se dissolvem minhas defesas
caem os véus
destila ingredientes
inflamáveis à emoção
resignação dos crentes
com a audácia dos ateus...
Você é a filha de Osíris
pode volatizar
se transforma em arco-íris
só pra me apaixonar
Se não finca raízes
por que eu me entreguei?
tem os olhos de ísis
é seu meu destino
eu sei...
Se o que produz a mente
o universo concretiza
por que deixamos sempre
pra depois?
A força das estrelas
sua janela canaliza
e o zênite que existe
entre nós dois?
Espero que tenha gostado..abraços
...
Éverton:
Focault é uma enciclopédia. Vale a pena mergulhar nos temas principais, como o saber e o poder.
Gostei muito do retorno, de suas pipocadas (assim como as palavras vão pipocando nos seus textos)! Volte sim... vou continuar gostando! Abrações plurais!
...
...
Leonardo:
Idem, vários idens. Valeu!
Vou te linkar na conjugação “não-perder-de-vista”!
...
...
Serginho:
Ah, esse pernambucano sempre presente... resta-me te amar, amigo! “A” conjugação!
Abração-ão-ão!
...
...
Luifel:
Uma matemática imprecisa para o efeito adicionador “amor”... um dia os sujeitos se rendem ao verbo e conjugam-se na mesma raiz, cada qual pensando o melhor do outro!
Isso é saber ser um.
Volte sim.
É recíproco!
...
...
Gui:
É fato!
E enxerga mal, apreciando apenas o “a-si-mesmo”. Um relato da conjugação-humanidade...
...
...
HSLO:
E você completando o que é preciso, uma canção precisa para o momento!
Gostei e voei nas asas da inspiração... um presente desses a gente agradece com
A
F
E
T
O
...
O que você vê quando olha?!
Seu olhar transpassa ou enxerga o reflexo turvo?!
Quando me olhas, o que sente?! Já que nem sempre vemos em igualdade do que sentimos...
De minha parte, vejo (oque vejo meu Deus?!)...bom, eu vejo e talvez te conte numa dessas tardes, quando a presença da sau ausência não se fizer notada, quando o silêncio da biblioteca se tornar ensurdecedor ou quando você sorrir com os olhos em igualdade com a boca...
eu
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