Acabo de acompanhar a entrega da 80ª edição do Oscar. Entre surpresas e alguns indícios confirmados (em direito criminal chamamos provas), um vencedor me chama a atenção. Não se trata de nenhum filme comerciável. Aliás, não é filme. É curta-documentário. Sou fã de documentários. “Freeheld: The Laurel Hester Story”. Dirigido por Cynthia Wade, o filme foi vencedor na categoria de Melhor Documentário de Curta-metragem. A narrativa se desenvolve contando a história dos últimos meses de vida da policial Laurel Hester e da luta que travou para a sua companheira, Stacie Andree, ter direito à pensão depois da sua morte.
Há dois meses atrás fui procurado por um senhor com drama quase parecido. A diferença era o fato que seu companheiro já tinha falecido. A pensão por morte foi negada, a despeito dos mais de quinze anos de união. Detalhes que não poderia revelar (ética profissional) lhe impediu o recebimento do benefício previdenciário. Semanas se passaram. Nas idas e vindas daquele cliente fui obtendo um caramanchão de informações que me fizeram pensar e repensar não apenas nossa cultura como também minha própria humanidade. Sim, antes de qualquer profissional há um ser humano (ou deveria havê-lo). Resolvi ajudá-lo. O caso está em estudo. A par disso, uma realidade. Eis mais uma história envolvendo vidas e patrimônio adquirido em comum. Falei vidas sim. Há mais força no termo. A palavra é sexualmente mais embaixo. Laurel, Stacie, Zés e Marias da vida é que mereciam prêmios. Pergunte a eles quais! E ainda tem gente que confunde cultura e moral com Justiça. O pior é que não é só aqui. “Freeheld”, ainda que enlatadinho dos EUA, confirma o que acabo de dizer. Não vejo a hora de assisti-lo.
Há dois meses atrás fui procurado por um senhor com drama quase parecido. A diferença era o fato que seu companheiro já tinha falecido. A pensão por morte foi negada, a despeito dos mais de quinze anos de união. Detalhes que não poderia revelar (ética profissional) lhe impediu o recebimento do benefício previdenciário. Semanas se passaram. Nas idas e vindas daquele cliente fui obtendo um caramanchão de informações que me fizeram pensar e repensar não apenas nossa cultura como também minha própria humanidade. Sim, antes de qualquer profissional há um ser humano (ou deveria havê-lo). Resolvi ajudá-lo. O caso está em estudo. A par disso, uma realidade. Eis mais uma história envolvendo vidas e patrimônio adquirido em comum. Falei vidas sim. Há mais força no termo. A palavra é sexualmente mais embaixo. Laurel, Stacie, Zés e Marias da vida é que mereciam prêmios. Pergunte a eles quais! E ainda tem gente que confunde cultura e moral com Justiça. O pior é que não é só aqui. “Freeheld”, ainda que enlatadinho dos EUA, confirma o que acabo de dizer. Não vejo a hora de assisti-lo.
Enquanto não chega ao Brasil, fica aqui uma palhinha neste vídeo do Youtube:
2 comentários:
Achei extremamente injusta a premiação. Assisti a quase todos os filmes, acho que não concordei com nenhum dos prêmios. OU melhor, concordei com o prêmio a Ratatouille. E só!
De documentários não falo nada, não curto. Acho chatos. Um bom jornalismo me desce melhor... rs
Abraços!
(rs...). Falou, Nando! Tá dito o recado.
Sobre os documentários, posso até concordar, contudo, em parte. Mas trata-se de um ponto de vista, não uma crítica. Fato é que alguns documentários, quase sempre os mais premiados, são fruto de excelentes investigações jornalísticas. Então, um e outro estão quase sempre interligados. Acho que vou te indicar alguns bons documentários jornalísticos. Pode ser que seja seu "start point". Quem sabe, não?
Abração, amigo! Volte sempre!
P.S.: Ratatouille é ótimo!
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