quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008

Confissões típicas-de-mim - Parte I



Nunca gostei de andar de bicicleta. Preferia correr, cair e ralar os joelhos com as próprias pernas. Nunca as emprestadas por rodas. Nunca morri afogado. Pudera, nunca aprendi a nadar. Nunca comprei revista de sacanagem. “Li-as” (?) emprestadas dos amigos. Nunca matei ninguém. Não digo o mesmo acerca das minhas palavras. Calminha aí, pedi desculpas. Aos que me interessavam pedi-las, óbvio! Nunca freqüentei boate. Nem preciso. O som é ensurdecedor. Pega a gente na rua, nos força à freqüência na marra. Quero distância! Nunca curti certas expressões, tipo “colé, cumpadi?” (considero boçal). “Tô na pista! Se joga!” (permanece a boçalidade). Nunca tive patins, autorama nem trenzinhos como brinquedo. Pedia jogos de estratégia e livros. Eu recebia esses últimos; meus irmãos, os primeiros (jogava do mesmo jeito!). Nunca acreditei em papai Noel, mas até os 12 anos jurava que vampiros poderiam aparecer! Nunca me embriaguei, mas já levei amigos bêbados pra casa. A deles, não a minha! Nunca entrei num motel, bordel ou pinel. Ainda mato a curiosidade! Nunca quebrei braços ou pernas. Autografava o gesso dos outros, mas - evidentemente - sem vice-versa. Nunca “fiz as unhas”. Corto-as apenas. Nunca pintei os fios de cabelo (não vejo a hora de ficarem charmosamente grisalhos).


Nunca malhei numa academia. Só na rua, e, ainda assim, na maioria das vezes, a Judas quando criança (e alguns poucos que valeram à pena!). Nunca bebi caipirinha ou whisky. Confesso que água de côco e suco de manga me dão maior prazer. Nunca me filiei a partido político. Estou convicto de meu engajamento político no dia-a-dia. Nunca seria ateu tanto quanto nunca deixaria de amar a Deus (religião não tem nada a ver com isso, que ela permaneça no canto dela e eu quietinho no meu). Nunca fiz "aquele passeio", por mais que muitos passeios tenha feito! Sei que estou me devendo há 30 anos (eu chego lá!). Nunca fui fã de carteirinha dos extremos meteorológicos, portanto, calor e frio excessivos: não! Nunca cheguei muito cedo num compromisso (só quando pensei que já estava atrasado há horas). Nunca assisti a uma partida no Maracanã (mas já o fiz no Mineirão e no São Januário pra ver meu Vascão). Nunca acampei em lugar algum (apenas no quarto de hotel). Nunca subi no Pão de Açúcar (desisti na entrada por duas vezes!), preferi a vista do Morro do Corcovado. Nunca andei de avião (pra que se eu sei como chegar na rodoviária?). Nunca voaria de asa delta, pularia de "bungee jump" ou subiria numa montanha-russa. Teria alguma coisa a ver com a altura? Alguma coisa me diz - em negrito - que sim...

Nunca fui desses que vão atrás de multidão ou de qualquer "Maria" por aí. Nunca torceria para o Flamengo, nem que fosse o último time de futebol do mundo. Nunca me calaria diante de uma injustiça próxima de mim, ainda que sofresse as conseqüências do ato. Nunca me negaria à chance de ser feliz se, de fato, valesse a pena. Nunca conjugaria o verbo "ficar", por mais que esteja em voga no "commom sense" quando o assunto é "fast love". Meu negócio sempre foi semear, germinar, crescer junto pra florescer junto. Isto demanda tempo e investimento, o que não me faltam. Ainda não vivi um grande amor. Mas quanto a isso nunca é tarde. Ponha este nunca na lista!

2 comentários:

Unknown disse...

Ricardo, lendo este seu artigo eu tive que pensar e repensar pois quase tudo que você nunca fez eu, sinceramente, já fiz muito mais e não me arrependo porque ainda vou fazer outras tantas.
Êta,como é bom uma pinguinha com mel (cura gripe);um tombo de bicicleta,xiii,eu já levei muitos e ainda tenho as marcas;eu era boa na montaria e gostava de cavalgar; quebrei a clavícula esquerda,no rolamento do Krav Magá, mas daqui um mês estarei pronta.Estou com dificuldade de escrever pois estou imobilizada com um tal "Imobilizador em 8 para fraturas de clavícula", mas hoje fui visitar meus colegas no Krav Magá pois todos me ligaram dizendo que estão com saudades.Hoje fui matar a saudades do meu mestre Benny e dos colegas.A minha última peraltice será descer de Asa Delta ou Parapente.
Achei legal sua sinceridade, é isto aí.Somos aquilo que somos, transparentes e verdadeiros.Eu ainda quero fazer muita coisa.Inclusive assim que ficar boa vou entrar para Academia, lá mesmo na União Israelita, que malhar bastante.
Um beijo e que Deus continue te abençoando e te dando sempre inteligência para estar escrevendo belos artigos.
Um beijo da mãezinha mineira.

Administrador disse...

acho que nao fiz a medade do que escreveu!!!!!sagrada face...

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