sábado, 8 de março de 2008

A mulher e seus sabores


Os homens me entenderão: mulher é fundamental. O que seria a vida sem elas? O que seria dos homens sem elas? E não me refiro apenas aos desejos, mas sobretudo à própria existência e sensibilidade. A mulher é aquilo acerca do qual Victor Hugo já nos disse:

“A mulher é o mais sublime dos ideais.
Deus fez para o homem um trono;
Para a mulher um altar. (...)

O homem é um oceano; a mulher um lago.
O oceano tem a pérola que embeleza;
O lago tem a poesia que deslumbra.
O homem é a águia que voa; a mulher o rouxinol que canta.

Voar é dominar o espaço; cantar é conquistar a alma.
O homem tem um fanal; a consciência;
A mulher tem uma estrela: a esperança.
O fanal guia, a esperança salva.

Enfim...
O homem está colocado onde termina a terra;
A mulher onde começa o céu...”

Invariavelmente mulher e maternidade se encontram, nem que seja numa esquina, sem aproximação. Mulher é mãe das idéias paridas e até dos filhos deste solo. O que seria da mater-nidade sem uma “mater” parindo ou, quem sabe, amamentando? Sei que algumas não conseguem parir e outras não podem amamentar. Mas o sentido do que quis dizer vocês me entenderão. Mulher é palavra única quase intransitiva. Elas sempre transcendem, entretanto. Minhas palavras não assumem qualquer pretensão nessa hora. Olhei pra uma letra e, como numa massa de pão de ló, fui acrescentando curvas em sílabas e temperamentos na raiz do morfema. A silhueta coube à forma a qual untei com manteiga derretida e muitos acentos tônicos. Pitadas de dotes à parte, um segredinho aqui e outro lá. Finalizei com certa inspiração masculina o toque de feminilidade que mexe com qualquer um. Formava-se a palavra, porém, não qualquer uma. Mulher. Minha homenagem neste dia internacional da mulher remonta alguns agradecimentos. Mãe, irmã e sobrinha. Mas também uma infinidade de almas-amigas, almas-mães, almas-irmãs, almas de mulher com as quais enxerto meus dias de outros sabores. Cada palavra tem o seu, sei bem disso. Mas cada mulher carrega a individualidade de um sabor próprio. Eu sinto o aroma pela alma. A alma exala pelos olhos, pelos gestos e por poros que somente a sensibilidade é capaz de perceber. Homem que é homem traz à pele a sensibilidade perceptiva. Isso faz falta. E como faz! Elas sabem do que eu falo. Cada uma a seu sabor, sabe muito bem. Estão vendo o que a vida perderia sem elas?!

2 comentários:

ladyneide disse...

Cardo...
que homenagem lindaaaa!!!
Quanta sensibilidade deixas exalar a cada palavra neste belíssimo texto, que ouso nomeá-lo de "farelinhos de pir lin pin pin", rs, de tão mágico!...taí a dica para quem tenta desvendar e conhecer um pouco da Alma Feminina!
Adoreiiiii!!!
Um beijo!!!

[Farelos e Sílabas] disse...

Este foi só o primeiro capítulo da saga "pir lin pin pin: rumo à alma feminina"...

rs...

Tenho mais o que aprender com gente assim como você!

Beijo!

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