sábado, 1 de março de 2008

Águas de março para uma garotinha


Hoje a cidade acordou mais cedo. Não foi impressão minha. A gente quis assim. Dia de se arrumar e ficar mais bela do que já é. Neste 1º de março a cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro completa 443 anos. Chove lá fora desde cedo. Águas de março acordaram o Rio. Os céus também tinham o direito de comemorar. Os confetes caem como gotas intermitentes. Prosseguem às vezes. Há muito tempo atrás, lá na maternidade, Estácio de Sá resolveu batizar a criança com a referência ao santo Sebastião. Os franceses já moravam por aqui há quase uma década quando “nascia oficialmente” por ato dos portugas. Tudo bem, os caras invadiram. Mas os portugueses também eram invasores. Todos forasteiros, exceto os silvícolas. Os tamoios (ou tupinambás, como queiram) foram os cariocas natos. [Saiba +]

Daqueles dias recém-nascidos até os atuais, convenhamos, a menina tá bem conservada. Verdade é que a mata nativa já foi escalpelada quase completamente. Resiste à modernidade, no entanto, a Floresta da Tijuca, a maior floresta em área urbana do mundo. Foi o que restou dos cenários daqueles primeiros anos de infância. Mas a vida tem seus viés. A cidade cresceu, ultrapassou mais de seis milhões de habitantes, foi capital de Reino unido (Portugal, Brasil e Algarves), capital de Reino do Brasil, capital de República, enfim, uma celebridade histórica! Hoje chove. A história assegura que no dia 1º de março de 1565 também chovia quando foi fundada no istmo entre o Morro Cara de Cão e o Pão de Açúcar. Águas de março. Elas sempre se lembram quando é dia de comemoração. Fizeram naqueles idos. Revivem o “remake” 443 anos depois. Que comemoração, heim, Rio de Janeiro! Parabéns, menina!

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