Excessivamente contundente. Excessivamente desproposital. Excessivamente analítico. Excessivamente frenético. Excessivamente mordaz. Excessivamente odioso. Excessivamente conturbado. Excessivamente letárgico. Excessivamente anacrônico. Excessivamente contido. Excessivamente desregrado. Excessivamente calorento... Quantos excessos (e todos eles, de fato, excedem)! Se excede, penso, é porque vai além de. Ultrapassa. O que mesmo? O bom senso, respondo. O lugar comum das coisas. Sai do rumo. Foge ao controle. Se perde. Não fica. Eis a questão!
Ontem, num barzinho lá na Lapa, falava sobre o intenso calor ao lado de dois amigos. Diga-se de passagem, sei que andei falando no blog sobre esses dias do calor em excesso. Notem: não foi propriamente do calor que andei falando. O tema foi o tal excesso. Aliás, no dia anterior, enquanto um amigo me falava do frio siberiano existente no seu lugar de trabalho, comentei exatamente sobre o excesso (do frio e do calor) enquanto tomávamos café com bolo no Estação de Botafogo. Disse-lhe que considero o verão uma boa estação, até deixa as pessoas com carinhas mais felizes. Isso é bom de se ver. Quem não gosta de carinhas felizes florindo as ruas e as esquinas de todos os lugares? Eu gosto e não nego. Mas o problema pra mim não é o calor. Ele tem seu momento. O verão existe pra isso. Sintonizei o excesso, pois, penso, qualquer coisa que ultrapasse o lugar comum foge ao controle, se perde e portanto não fica mais. O conforto, por exemplo, não fica.
Ontem, num barzinho lá na Lapa, falava sobre o intenso calor ao lado de dois amigos. Diga-se de passagem, sei que andei falando no blog sobre esses dias do calor em excesso. Notem: não foi propriamente do calor que andei falando. O tema foi o tal excesso. Aliás, no dia anterior, enquanto um amigo me falava do frio siberiano existente no seu lugar de trabalho, comentei exatamente sobre o excesso (do frio e do calor) enquanto tomávamos café com bolo no Estação de Botafogo. Disse-lhe que considero o verão uma boa estação, até deixa as pessoas com carinhas mais felizes. Isso é bom de se ver. Quem não gosta de carinhas felizes florindo as ruas e as esquinas de todos os lugares? Eu gosto e não nego. Mas o problema pra mim não é o calor. Ele tem seu momento. O verão existe pra isso. Sintonizei o excesso, pois, penso, qualquer coisa que ultrapasse o lugar comum foge ao controle, se perde e portanto não fica mais. O conforto, por exemplo, não fica.
Convenhamos que um verão de 32º a 36ºC estaria de bom tamanho: quente, calorento, praiano e bronzeante. Ótimo. Agora, um verão de 42º, 43º, 44º... 49ºC (como ocorreu em Bangu, bairro do subúrbio desta cidade) já é mais do que demais! Não é mais calorento, é infernal! Não é mais bronzeante, é tórrido (ou “tostante”)! Talvez isso explique o fato presenciado nas últimas semanas aqui no Rio: as praias estão super lotadas até perto de meia-noite! Não se trata de um grupo de amigos ou turistas curtindo a praia à noite, mas as areias lotadas tais como se fossem plena manhã dão os indícios sobre as mudanças de hábito frente àquilo que é excessivo entre nós! Ninguém quer outro refúgio senão as águas do mar... Nem as carinhas floridas de alegria seguram a onda neste "excesso excessivo" de calor – leia-se tórrido verão do Rio de Janeiro!
Evidentemente se alguém me disser que o frio seria bem-vindo nestas horas, ousaria dizer (mesmo amando o frio!) que o frio sendo excessivo também sairia do rumo. Fugiria igualmente ao controle. Se perderia. Não ficaria. A questão permaneceria a mesma (da que se tem no calor). Calor e frio são salutares. A Natureza não seria perversa! Sei que acabarei me sucumbindo às redundâncias das palavras, mas o que me causa nó entre as raízes de meus neurônios são os porquês dos excessos...
Assim, valho-me das palavras de minha amiga i-LUZ-minada, Léa, que neste domingo me brindou com sua filosofia cidadã: “Juízo, caldo de galinha e camisinha não fazem mal a ninguém! Sejamos, portanto, moderados nas comemorações do carnaval!”. Sexo é bom. Choppinho é bom. Pular carnaval é bom demais. Só não desejo pra mim ser excessivamente nada... “Não te tornes excessivamente nada”, disse-me um psicanalista famoso. Obviamente, não quero me perder pra fora dos rumos, sair do eixo e não ficar...
A semana inicia! O carnaval está às portas! Ainda há excessos pelo ar...
Evidentemente se alguém me disser que o frio seria bem-vindo nestas horas, ousaria dizer (mesmo amando o frio!) que o frio sendo excessivo também sairia do rumo. Fugiria igualmente ao controle. Se perderia. Não ficaria. A questão permaneceria a mesma (da que se tem no calor). Calor e frio são salutares. A Natureza não seria perversa! Sei que acabarei me sucumbindo às redundâncias das palavras, mas o que me causa nó entre as raízes de meus neurônios são os porquês dos excessos...
Assim, valho-me das palavras de minha amiga i-LUZ-minada, Léa, que neste domingo me brindou com sua filosofia cidadã: “Juízo, caldo de galinha e camisinha não fazem mal a ninguém! Sejamos, portanto, moderados nas comemorações do carnaval!”. Sexo é bom. Choppinho é bom. Pular carnaval é bom demais. Só não desejo pra mim ser excessivamente nada... “Não te tornes excessivamente nada”, disse-me um psicanalista famoso. Obviamente, não quero me perder pra fora dos rumos, sair do eixo e não ficar...
A semana inicia! O carnaval está às portas! Ainda há excessos pelo ar...
6 comentários:
você escreve bem com a alma!
parabéns,
e o calor é mais um sinal da estação do não saber ser...
abraços,
do menino-homem
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Inicio com os abraços,
Na sequência, as concordâncias.
Sigo em frente anunciando que calor
- este tórrido calor – foge ao meu
Equilíbrio. Saio de mim. Incomodo-me.
Gosto do caminho do meio. Todo ele.
Sem pender para a direita nem para a esquerda.
Gosto de sinais, não de alardes. Assim, vamos
Sendo. Sempre. Pelas esquinas. Em farelos.
Sílabas. Abraços finais. Obrigado, rapazinho!
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Meu querido, apesar de ainda não ter colocado sua carinha na mha lista de seguidores, por incopentencia mesmo em mexer com essa máquina, cá estou de novo , primeiro pra agradecer sua atenção, e dpois p nao perder-te te vista. É óbio que tudo em excesso é prejudicial, qto ao sol e calor escaldante, ah! estão nos fritando aqui no Goias tbém, mas admito q invejo vcs aí com esse marzão disponível, as águas refrescantes ... Grande Beijo
Cara, eu ainda prefiro excesso de frio a calor...
Mas só a praia a noite para refrescar este calor todo.
Fique com Deus, menino Daniel (senão me engano).
Um abraço.
Realmente filhão a frase que sua amiga te brindou neste domingo deveria ser dita também para todos os jovens que fazem tudo em excesso, e ... " 'Não te tornes excessivamente nada', disse-me um psicanalista famoso. Obviamente, não quero me perder pra fora dos rumos, sair do eixo e não ficar..."a do psicabalista é também importante, pois não devemos abusar.
Pode acontecer carnaval, barzinho, cerveja, sexo, tudo isto é saudável, mas para quem sabe controlar os excessos.
Filho, gostei imensamente do seu texto, como sempre.
Um beijo.
Mãezinha
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Anônimo:
O marzão é o convite da Natureza para enxugar a transpiração... ela foi-tem-sido generosa com a paisagem da cidade. Mas não só de mar viverá o homem, lembremo-nos disso! (rs)
Obrigado pela gentileza e a presença nesta visita simpática, rapaz! Aproxime-se mais! Torna-te cada vez menos anônimo!
Beijão!
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Daniel:
Idem quanto às opiniões.
Abraços de verão!
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Mãe:
O caminho do sábio é o do meio, disse-me a mesma amiga Léa, de tão amiga tornou-se, pela adoção nas dinâmicas da amizade, irmã.
A cada dia me inspiro na tua jovialidade, na leveza do teu olhar na vida!
Beijo, mãe!
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