Eu não sou pra fazer média. Eu não sou pra tecer juízos. Eu não sou pra estabelecer parâmetros. Eu não sou de muitas pretensões. Tenho tão pouco, mas o que tenho e sou é somente meu. Não houve furto, cópia ou imitação...
Eu não sou imediatista. Eu não sou exclamativo. Eu não sou de poucas horas. Eu não sou pra ocupar meros instantes. Eu não sou de rompantes. Eu não sou de casuísmos. Eu não sou de não-me-toques. Eu não sou das meia-verdades. Só a minha que me veste sob medida!
Eu não sou das noitadas sem sentido. Eu não sou superlativo ou absoluto. Eu não sou das histórias ditas mirabolantes. Eu não sou dos caminhos que os outros seguem, vão-com-os-outros. O que não sou, não sou. É fácil. Não há mistério. É só vir e ver.
Eu não sou o que esperam. Eu não sou amante dos extremos. Eu não sou solitário. Eu não sou pra casar. Eu também não sou pra ficar. Como se vê, não sou clichê! Considero tudo isso metódico e formatado, um reducionismo pobre que não me serve. Eu sou o que sou pra mim e para os campos...
Quer saber? Eu não sou pra-qualquer-coisa, só sei amar. E porque amo, não maltrato. Não faço da vida ou dos humanos meus rascunhos descartáveis. Gosto de papéis, rabiscos e rascunhos. Mas sei distingui-los das pessoas e de suas importâncias...
Eu não sou simplista, mas apenas simples. E tenho história. Começo, meio e um dia o recomeço. Não o fim, porque sei amar. O amor jamais acaba. Nem ele, nem seus promovedores...
Eu sou apenas assim. E nessa constatação prossigo. Procuro um campo fértil. Não qualquer um! Que seja de idéias e sentimentos profundos. Minha vocação é [ser]mear...
Eu não sou imediatista. Eu não sou exclamativo. Eu não sou de poucas horas. Eu não sou pra ocupar meros instantes. Eu não sou de rompantes. Eu não sou de casuísmos. Eu não sou de não-me-toques. Eu não sou das meia-verdades. Só a minha que me veste sob medida!
Eu não sou das noitadas sem sentido. Eu não sou superlativo ou absoluto. Eu não sou das histórias ditas mirabolantes. Eu não sou dos caminhos que os outros seguem, vão-com-os-outros. O que não sou, não sou. É fácil. Não há mistério. É só vir e ver.
Eu não sou o que esperam. Eu não sou amante dos extremos. Eu não sou solitário. Eu não sou pra casar. Eu também não sou pra ficar. Como se vê, não sou clichê! Considero tudo isso metódico e formatado, um reducionismo pobre que não me serve. Eu sou o que sou pra mim e para os campos...
Quer saber? Eu não sou pra-qualquer-coisa, só sei amar. E porque amo, não maltrato. Não faço da vida ou dos humanos meus rascunhos descartáveis. Gosto de papéis, rabiscos e rascunhos. Mas sei distingui-los das pessoas e de suas importâncias...
Eu não sou simplista, mas apenas simples. E tenho história. Começo, meio e um dia o recomeço. Não o fim, porque sei amar. O amor jamais acaba. Nem ele, nem seus promovedores...
Eu sou apenas assim. E nessa constatação prossigo. Procuro um campo fértil. Não qualquer um! Que seja de idéias e sentimentos profundos. Minha vocação é [ser]mear...
* * *
A nota de rodapé é para o caos provocado pela chuva...
Chove sem parar neste Rio de Janeiro. Chove todo tipo de chuva. É água, e não pouca. É sangue. É choro. É homem. É mulher. É criança e velho também. A chuva cai e molha o caos pela cidade. Vidas se foram água abaixo, que desolação!
De tanto que chove, é enchente engolindo as ruas, é desmoronamento amassando as histórias, é grito que a terra encobriu, é de luto que muitas casas se vestem... É tanta coisa, mas não preciso ligar a TV pra ver. Por aqui também chove sem parar. Eu falo do lado de fora da tela. Falo e me molho com a solidariedade comovente...
Não farei perguntas retóricas. Não questionarei as autoridades civis. Estupefação pelos que constroem casas nas encostas? Indignação por conta da população que teima em lançar garrafas pet, papéis e sacos plásticos os mais variados nos rios e nos bueiros? Estranheza pela inabilidade – ou omissão! – das políticas públicas de prevenção? Numa mata em chamas, ou antes, submersa nas águas de abril, salvemos os pássaros e todos os animais. Sejam os racionais, os irracionais e também os incompetentes. Depois, quando a chuva parar, aos sermões – para aqueles que o queiram – e às reivindicações necessárias.
São 22 horas. Ainda estou encharcado, triste e comovido.
27 comentários:
Muito legal seu texto, parabéns! Vendo o Rio tão enxarcado me deu um nó na garganta de pensar em quanta alegria a água arrastou.
Abçs
Rabiscos de mim...
Na leitura parecia eu estar comendo...me alimentando de uma essência verdadeira.
ótimo sempre passar por aqui e ler coisas vindas da alma de um ser que parece ter a compreensão verdadeira do ser.
Abraço.
Uerlle Costa
Meu filho, que caos!
Realmente me impressionou ver a Cidade Maravilhosa devaixo d'água! Hoje acordei bem cedo e liguei a TV para ver e ouvir o noticiário e fiquei simplesmente abismada.
Esperei um tempo para ligar e saber notícias... Liguei para casa da sua irmã pois sabia que naquele horário já tinha gente acordada e o Xande me atendeu e deu as notícias.
Ouvi o prefeito, o governador e alguns secretários falarem e me deu tristeza ao ver uma população sofrendo e porque? Porque não sabem ou não foram educados a não jogar lixo nas ruas.
Até hoje a gente luta para ensinar esse povo a fazer reciclagem e nada... parece preguiça e quando vem uma chuva desta, é claro, acontece os alagamentos por causa dos entupimentos, etc...
Quanto ao seu texto de hoje "Rabiscos de mim", fiquei impressionada como você escreve bem! Sai tanta coisa de dentro dessa cabecinha...
"Eu sou apenas assim. E nessa constatação prossigo. Procuro um campo fértil. Não qualquer um! Que seja de idéias e sentimentos profundos. Minha vocação é [ser]mear..."
Amei tudo que você escreveu e pelo pouco que te conheço é uma linda verdade. Você ama, é amor e é "você mesmo".
Para mim você é tanta coisa que se for mencionar não caberá neste comentário.
Parabéns mais um vez pelo o que você é e pelo o que você verdadeiramente, não é.
Um beijo cheio de gratidão por tantas coisas boas que você me passa ao te ler!
Mãezinha
P.S. Acabei de receber a resposta do Márcio (reverendo). Fiquei tão emocionada que as lágrimas desceram. Já respondi a ele e mandei umas fotos recentes da viagem do Chico com o Caio.
Hoje mandei o DVD das fotos tiradas em Israel (1.123 fotos), para você. Não sei quando receberá, pois parece que nada está funcionando aí no Rio.
Essa situação no Rio realmente é comovente. Aqui em Sampa passamos por isso recentemente também. É uma tristeza só.
Achei seu post bem oportuno, porque, de fato, o caos se instala a partir de uma série de descasos, seja das autoridades - que negligenciam medidas preventivas, seja da própria população - que emporcalha tudo que é canto...
Enfim, ninguém merece passar por isso.
Abraço e boa sorte aí!
Meu caro,
é assim a emoção
_________________________________assim despida de nada.
Este meu abraço é teu «««
Com esses textos e essa simplicidade, não creio que vc não seja para casar. Se fosse solteiro, iria até ti para conhecer essa pessoa que sempre nos brinda com tantas palavras necessárias.
Um grande beijo pra ti.
Espero que o seu Rio fique bem...
"... mas apenas simples"
tudo é tão encaixe em suas palavras que até eu pareço ser...
beijos,
e fica com Deus!
do homem-menino
Oi Cardo, tudo bem?
Menino, belíssimo texto do seu eu, ahahhah achei legal, rs
Eu sou um pouco parecido, só um eterno romântico, sou pra casar e ñ sou de ficar, rsrs
Tanta coisa q vc nem imagina, rsrs
E sobre a chuva no Rio, gente eu fiquei não, eu estou preocupado, imaginando o desespero das pessoas.
Mas sei que Deus irá ajudá-las nesse momento.
um bjo querido, s cuida
:)
Demais!
Impossível alguém ler seu texto e não se reconhecer em algum desses tantos rabiscos que vc traçou!
"Não sou o que os outros querem"...rs
Nesse, foi um dos que me vi retratada. Me vi em outros rabiscos, mas esses, são seus. Esse é vc e como é bom ser singular.Como é bom se reconhecer, se conhecer e saber na maioria das vezes por onde andamos. Mesmo quando andamos sem norte....rs
O que aconteceu nessa cidade MARAVILHOSA é o descaso total de anos de um governo que cuida do povo e deste país como quem cuida de um amontoado de ferros velhos.
Acho que têm muito da ação destruidora e relapsa do próprio homem em relação a Mãe Natureza e suas regras imutáveis, mas que os governantes desse país fizeram de Brasília uma Grande caderneta de poupança pessoal e mais nada...ah, isso faz tempo!
O povo? Que povo? Alguém disse que há povo?
Beijo grande pra vc
Fala kra! sou teu fã vc ja sabe gostei das essencias retratadas no primeiro texto. Realmente quem ama nao tá ai pra qualquer coisa..
sucesso e continue sempre assim!
Abs!
Sou bem parecido com você em muitas coisas, também não gosto de ser clichê.
Fiquei preocupado com você molhado e chocado às 22:oohs.............
É nessas horas que é bom ter alguém para colocar a cabeça no colo.
Abs
olha meu post tá ai... somente fiz uma breve nota, você escreve tão bem que fico feliz de poder ter acesso a textos tão bons.
Acho que vou usar isso para fazer um post.
Quer saber? Eu não sou pra-qualquer-coisa, só sei amar. E porque amo, não maltrato. Não faço da vida ou dos humanos meus rascunhos descartáveis. Gosto de papéis, rabiscos e rascunhos. Mas sei distingui-los das pessoas e de suas importâncias... Bom conhecê-lo também. [rs]
;D
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Marcos:
Brigadim, meu caro. O chato de tudo é perceber que a gente olha da janela e vê que a desolação não chegou ao fim... ainda há muita água a rolar...
Abraços!
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Uerlle:
Um aprendiz, meu querido. Somente um aprendiz...
Ótimo te ler por essas terras, em meio às tuas sementes!
Abraços!
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Mãe:
Veja só! E o caos é só o nome de nossa estupefação diante de todo o cenário... Passa da meia-noite. A chuva não pára. Soube que houve novo deslizamento de terra... A Esperança não pode se esvair em meio às águas...
'Pelo pouco que me conhece'? Quanta generosidade, lindona! (rs)
Você é tanta coisa que nem sei!
Beijos assim, filiais!
P.S.: Não, não chegou nada pelo Correio por enquanto...
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Tânia:
Falou e disse, menina!
Ah, aproveito tuas linhas pra tecer um comentário: que descrição feliz da maturidade lá na tua apresentação! Achei supimpa! “Supimpa”? Ainda usam esse termo?!... (rs)
Gostei do retorno à visita!
Boa sorte a todos, os da terra e os debaixo d’água!
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Jota:
Precisaria de mais o quê?
Sabes com exatidão!
Que valor!
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Wans:
O Rio, esperamos, ficará bem. Há certas coisas que as águas não podem afogar...
Não, não sou pra casar. Cansei de ser pra casar. Eu agora sou pra escrever. E parir palavras do coração. E ter uma prole sem fim. Sou um bom pai, pai das idéias que cultivo.
Obrigado pelo carinho entre os aromas de cada palavra, meu amigo! Outro [grande] beijo pra ti!
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Abraão:
De fato, é.
À sua maneira.
Simples assim.
Como tu.
Sendo-te.
Ainda.
Beijão, menino!
Boas inspirações pelo Todo-amor!
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Dil:
Tudo bem, baianinho!
Agradeço-te dentro de um abraço!
Somos parecidos e diferentes: que bom!
Não sou mais romântico.
Não sei cantar versos.
Não levo jeito, é isso.
Sou apenas humano.
Imperfeito.
Errante.
Um isso!
Sobre o Rio...
Vai passar. Sei que as águas vão passar. Sei que o Sol se levantará. E muita gente encontrará calor e presença-presente...
Beijo!
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Cris:
Como é bom a gente se desnudar e nos perceber como quem somos, não é mesmo? Singulares. Únicos. Seres humanos. Nós!
Concordo contigo. Destruição. Desimportância. Descaso. Tanta coisa e tantos corações vazios...
Eis um caos, definitivamente, caos!
Beijo em tons de gratidão, querida!
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Amon:
Fala, rapaz!
Bom te ler na suavidade das palavras!
Isso é coisa de gente boa! Sou grato!
Abraços simples, portanto, verdadeiros!
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Gilson:
Penso que somos muito mais que tudo isso. Clichê é reducionismo, é estigmatização, isso quando não é sistematização...
Pois, saiba: molhado, triste e chocado à meia-noite também... Era-foi-tem-sido tanta informação e por dentro dela tanta dor, não sei... Onde as autoridades? Onde o bom senso? Onde o amor? Onde o colo? Onde?
Abraços, meu caro. Grato por se preocupar...
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Marcos:
Pois, é, rapaz. Acabei confundindo, o post voltou! (rs)
De certa forma, foi bom pela possibilidade do retorno de tuas palavras...
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Caju:
(rs) Olha só! Demais!
E assim prosseguimos...
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Oi Cardo, vc tá bem?
Menino, eu sou curioso, rs
Quando vc disse que não é mais romãntico, foi por ter tido uma desilusão? e vc resolveu ser radical? rsrs
E ser diferente, em algun ponto é fundamental para o bom entendimento das pessoas, rs
E sobre o Rio, com toda certeza logo se reerguerá.
bjo
:)
Visitei!
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Dil:
Oi, queridão! Estou bem, e você?
Feliz porque você sempre vem, e faz diferença!
Quanto à sua curiosidade e ao questionamento, façamos assim: te responderei no próximo post, ok? Beijo!
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Angel:
As portas estão abertas para novas visitas!... Abração, poeta!
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Sabe estamos todos ainda chocados principalmente por não ser possível
fazerm nem pouco por tnatos em tamanho estado de dores.
Mas é preciso seguir...
sua escrita mostra isso.
Passa la no blog.Te aguardo la.
Bjins entre sonhos e delírios
Oi Cardo, que bom q vc está bem?
Eu irei cobrar heim? rsrs
Tenho uma ótima memória, kkkkkkkk
Um bjo querido
:)
Fizestes prosa de vc, acredito sim que seja tudo o que disse e muito mais. É admiravel todo aquele que sabe e põe a cara à tapa, isso é ser livre!!!
Segue junto minha SOLIDARIEDADE!!! BJS
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