O viver ainda que
“Nasci em tempos rudes
Aceitei contradições
lutas e pedras
como lições de vida
e delas me sirvo
Aprendi a viver”.
“Nasci em tempos rudes
Aceitei contradições
lutas e pedras
como lições de vida
e delas me sirvo
Aprendi a viver”.
Cora Coralina in “Assim eu vejo a vida”
O olhar a partir de mim
Creio tanto na vida que me impossível deixar de ver luz ainda que todos só enxerguem o caos. Olhar a vida com bons olhos é interpretar o mundo a partir de mim...
A imagem
Redjeson Hausteen Claude, a criança de dois aninhos salva em meio aos destroços provocados pelo terremoto no Haiti, uma das piores tragédias mundiais nos últimos cem anos. O detalhe é que o emocionante resgate se deu dias após a tragédia quando as chances de encontrar-se sobrevivente diminui a menos de 20%... um milagre!
2 comentários:
Meu filho, essa tragédia foi das piores vistas até hoje.
Me lembro do terremoto de Nicarágua em 1972 que acabou com Manágua!...Alguns membros da família do paizão Nica, ficaram debaixo de escombros, por horas e tiveram vários ferimentos.
Temos que agradecer a Deus pelo nosso Brasil!
No livro de Dom Giussani tem um trecho que passo para você, pois é digno de reflexão:
"A nossa vida pertence a um Outro. A inevitabilidade [daquilo que acontece] é como o sinônimo mais esclarecedor deste não pertencer das coisas a nós, e principalmente não pertence a nós aquilo de que tudo deriva: a nossa vida pertence a um Outro.
Neste sentido se entende por que a vida do homem é dramática: se não pertencesse a um Outro seria trágica. A tragédia é quando uma construção desmorona e todas as pedras e os pedaços de mármore e os pedaços de parede desabam. E tudo na vida se torna nada, é fadado a se tornar nada porque daquilo que vivemos no passado, daquilo que vivemos há uma hora, há cinco minutos, não existe mais nada de formado, nada de construído. E isso é trágico. A tragédia é o nada como meta, o nada, o nada daquilo que existe.
No entanto, se tudo pertence a um Outro, então a vida do homem é dramática, não trágica. Reconheço que te pertenço, reconheço que o tempo não foi meu, não me pertencia, como até hoje não me pertence, não me pertence. Podes tomar a minha vida, aceito que não me pertença, reconheço que não me pertence, aceito que não me pertença.
Aquilo que possui o nosso tempo morreu por nós, apresenta-se aos nossos olhos e ao nosso coração como o lugar onde o nosso destino é amado, onde é amada a nossa felicidade, tanto que Aquele que possui o tempo morre para o nosso tempo. O Senhor, Aquele ao qual pertence o tempo, é bom."
(GIUSSANI, Luigi. É possível viver assim?)
Um beijo, meu filho!
Mãezinha mineira.
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Nossa, mãe! Foi direto no alvo! Gostei da reflexão de Giussani acerca do Outro. Oportuna pela riqueza de detalhes reflexivos.
O que dizer das tragédias ditas naturais? Imprevisíveis? Podem ser; afinal, quem comanda a Mãe Natureza? O “e agora?”, o “que podemos fazer a partir daqui” é sempre algo que me chama a atenção nessas horas. Recomeçar. Eis um verbo que não me sai da mente...
Obrigado pela contribuição, lindona! Obrigado por estar sempre presente!
Beijo!
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