quarta-feira, 15 de julho de 2009

Sendo-me – Parte I

Há quanto tempo não correspondia ao desejo de tanta gente ao vir aqui! Passados dois meses ausente [absurdamente ausente diria uns três ou quatro amigos mais chegados], retornei. Não sei dizer se mais blasé do que antes, talvez, quem sabe. Maiorzinho que antes, estou certo. Nem tanto para fora das janelas. O crescimento a que me refiro se alarga das janelas pra dentro desta casa-ser. Não sei medir, foge-me ao pensamento. Apenas olho pra trás e vejo o quão distante fiquei do ponto de partida, o “status quo” de todos os revezes.

Roberto Carlos empolgou o público carioca neste final de semana pondo o Maracanã numa espera de meio-século pelo auge de sua carreira. Queria ter ido, acabei me deleitando com o teatro. Tudo é arte, mas cada qual com suas cores próprias. Por falar em Roberto, lembrei de alguns versos muito próximos deste sentir que me enche os olhos ao olhar pra trás. “Se chorei ou se sorri o importante é que emoções eu vivi!”. Um hino que só se pode entoar quando a gente esbarra no limite. O nosso próprio. seja com a dor mais profunda, seja com a alegria mais festiva e que não se iguala a nada mais.

Obviamente meus olhos se voltam para o presente e não deixam órfãos estes nossos dias do presente. Não há horizontes próximos, ou seja, a caminhada nem chegou ao clímax. A vida [ainda] mostrará grandes surpresas. Este é o fiozinho de esperança que move o coração dos seres-vivos-mesmo. O fator surpresa que apimente o “logo depois” que somente a Deus pertence (pois somente Ele-é desde sempre). Quanto a mim, sigo cantando e seguindo a canção. Chato seria saber do fim sem qualquer trabalho no existir...


Notinhas de rodapé:

[1] Prometo ler e responder cada recadinho deixado nestes dois meses ausente. Aguarde(m)-me.

[2] Dois meses fora acabaram me deixando por dentro de uma série de peças maravilhosas a que assisti no teatro. Desde o empolgante “O homem do princípio ao fim”, de Millôr, até o encantador Machado de Assis em “O homem célebre”. E poderia citar “Isaurinha Garcia”, “Zoológico de Vidro”, entre outras. Assim que desarrumar as malas e retornar à labuta, pouco a pouco, me insurgirei com mais detalhes.

[3] Muita coisa acontecendo no circuito cultural do Rio. O centenário do Theatro Municipal foi simplesmente mágico! Coro, orquestra e Corpo de Baile numa apresentação digna da mais preciosa pérola da coroa desta cidade, como disse Olavo Bilac no discurso de inauguração em 1909. Ainda: “Anima Mundi”, “Os Russos”, e uma dezena de exposições em tudo quanto é canto da cidade. Eba eba! Farei comentários em breve.

[4] Ô saudades disso daqui!...

6 comentários:

Anônimo disse...

Tava fazendo falta mesmo.
Suas palavras sempre tão singelas...

abração.

[Farelos e Sílabas] disse...

...


Rapaz, encho o peito de grata considera-AÇÃO!

Saudades me batiam à porta todos os dias, dizendo: "E aí?"

Atendi. Corri. Cheguei a tempo. E já fui pondo palavras em forma de farelos...

Abraço(s), Uerlle!


...

Desarranjo Sintético disse...

Bom que voltou, mas deu para ver que vc aproveitou cada espaço cultural que pôde, isso que importa! Boa volta! E obrigado pelos comentários lá no blog!

Abraços

Fábio.

anjo disse...

Não imaginas como senti saudades tuas____________________________


Fico muito feliz por teres voltado!!!

Um abraço assim, como sempre «««

Markus disse...

ele voltouuuuuuuuuuuuuuuuuu!!!!!!!!!!
Eu estava com saudades de ti....
Estive ausente ultimos dias tambem, senao teria notado mais cedo.
Sinta-se abraçado com boavindas...

[Farelos e Sílabas] disse...

...

Desarranjo Sintético:

Obrigado, Fábio.
Abraços.
Todos.

...

Jota:

Não quero imaginar, ó pá!
Se imagino, sucumbo.
Sabes quanto-quanto
De ti, não sabes?

...

Markus:

Ah, Marquinho!
Sempre-sempre por ti!

Pois, então. A Ausência e a Falta apenas revigoraram certezas.
Por vezes, torna-se necessária para o “processo”.
As letras, a partir de então, agradecerão.

Sentindo-me abraçado,
Eis a gratidão
De volta!

...

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