Não é não. Sim é sim. Possibilidades são sempre caminhos. Aonde levam? É preciso descobrir. Descobertas se fazem enquanto se caminha. Enquanto se vive. Seres em “vegetação” ambulante não caminham, por isso não vivem. Viver é diferente de existir. Há pessoas que vivem; outras, apenas existem. Nascer, crescer, reproduzir, envelhecer e morrer. Parece simples. É apenas “uma” regra de “um” processo biológico tido padrão. Na existência há padrões estabelecidos. Na vida, nada é estabelecido a não ser por quem se lança a descobrir. Eu queria ter uma escada que me levasse, algumas vezes, para lugares acima de minhas possibilidades. Delírio. Eu não posso querer soluções mágicas. A vida tem ensinado que é preciso se lançar e voar. É voando que se perde os medos. Clarice tinha razão, é absurdamente adorável voar sem medos. E daí? É preciso fazer apenas aquilo que [me] der na telha. Às vezes, também não é preciso nada. Basta um olhar. O olhar convence o sábio de muita coisa. Nem todas as coisas precisam ser ditas. Vive-se em alto e bom som! Quem vive seguro de si aprende, mesmo sem saber, que a máxima do 1º século, devotada a São Paulo, tem toda a razão de ser: “feliz é o homem que não se condena naquilo que ele mesmo aprova!”. Liberdade é a plena certeza do que se tem e do que se quer. No entanto, liberdade também é o nome do medo de muita gente. Liberdade é subir até as nuvens e não ter medo sequer das quedas. Elas são inevitáveis pra quem sai do lugar. Sim, basta ir adiante. É na queda que a gente reaprende a ficar de pé. Isso se dá desde criancinha, seria diferente agora? Mas o barato de viver é não saber o dia de amanhã. O totalmente desconhecido é estimulante. Quem espera por algo que já se tem? E assim, de acertos e equívocos, a gente monta um castelo dentro das nossas planícies. Mas não me chamem pra me encastelar definitivamente. Nada de definitivos aqui embaixo! A vida é um gerúndio que escorre para além do possível. É bem provável que nem mesmo o texto se encerre aqui. Reflexo do meu caminhar, seguro, porém desconhecedor do que virá depois. Nem mesmo o amor é definitivo, ou seja, preso aos limites, encerrado e pronto. A morte seria um definitivo à vida? Quem disse? Eu creio é em vida sem fim. Quem acaba é espetáculo. A vida deve continuar! Se no corpo ou na memória, cada qual decida enquanto pode discernir as coisas. A vida não tem tempo a perder. Só perde tempo quem apenas existe.

Quem vive, e vive no gozo da liberdade, sobe para além das nuvens. Vai além das chuvas e dos temporais. Lá em cima o sol é constante. Ele, definitivamente, nasce para todos e todas. O “definitivo” aqui é apenas a certeza de como lá em cima as coisas são diferentes. O buraco é mais embaixo lá em cima! Lá em cima é acima do quê? De meus limites. O perfeito amor lança fora toda a proposta de limite, inclusive o medo de ser. É por isso que o amor jamais acaba. Havendo profecias, elas passarão. O amor é apenas eterno, mas até o conceito de eternidade não o encaixota. O amor é! É porque não tem tempo de durar. Quem tem tempo é quem tem amarras, portanto, não goza da total liberdade. Liberdade é o não-tempo? Não, é antes o benefício de quem não está nem um pouco aí para o que é, para o que ainda não é e para o que não é. É tal como o amor, que deveria ser o chão desta vida, mas, às vezes a gente faz de teste inconsciente dos nossos próprios limites. Mas a gente não agüenta o amor. Ele é sempre além de nós, para acima da escadinha que eu imagino e que leva para não-sei-onde, mas só sei que é acima dos meus próprios limites – os limites de minha própria consciência. Quem dera todos vivessem nos limites de suas próprias consciências! E o que passar disso? É abismo. Para nós. Não para o amor. Mas que cada um descubra isso enquanto caminha. Eu sigo o meu próprio caminho. Adiante de mim, a tal escadinha e o desconhecido amanhã. Subirei assoviando porque o melhor destaliberdade chamada vida é viver cantando esperanças. Uma delas? A de que o sol me aguarda lá em cima!
Nota de rodapé: Um texto que parece ter sido psicografado, dada avelocidade da vontade de fabricar palavras que surgiram do nada, após ter terminado um trabalho. Em dois ou três minutinhos, eis o conjunto delas – as palavras. Um sentimento de dever cumprido me toma neste momento ao saber que a inspiração desceu e, brincando, voltou a subir a tal escadinha para além das nuvens – os limites da consciência.

Quem vive, e vive no gozo da liberdade, sobe para além das nuvens. Vai além das chuvas e dos temporais. Lá em cima o sol é constante. Ele, definitivamente, nasce para todos e todas. O “definitivo” aqui é apenas a certeza de como lá em cima as coisas são diferentes. O buraco é mais embaixo lá em cima! Lá em cima é acima do quê? De meus limites. O perfeito amor lança fora toda a proposta de limite, inclusive o medo de ser. É por isso que o amor jamais acaba. Havendo profecias, elas passarão. O amor é apenas eterno, mas até o conceito de eternidade não o encaixota. O amor é! É porque não tem tempo de durar. Quem tem tempo é quem tem amarras, portanto, não goza da total liberdade. Liberdade é o não-tempo? Não, é antes o benefício de quem não está nem um pouco aí para o que é, para o que ainda não é e para o que não é. É tal como o amor, que deveria ser o chão desta vida, mas, às vezes a gente faz de teste inconsciente dos nossos próprios limites. Mas a gente não agüenta o amor. Ele é sempre além de nós, para acima da escadinha que eu imagino e que leva para não-sei-onde, mas só sei que é acima dos meus próprios limites – os limites de minha própria consciência. Quem dera todos vivessem nos limites de suas próprias consciências! E o que passar disso? É abismo. Para nós. Não para o amor. Mas que cada um descubra isso enquanto caminha. Eu sigo o meu próprio caminho. Adiante de mim, a tal escadinha e o desconhecido amanhã. Subirei assoviando porque o melhor desta
Nota de rodapé: Um texto que parece ter sido psicografado, dada a