Nós somos o que cremos. E o normal é que se fale, se pense e se viva conforme se creia.
“Eu cri, por isso é que falei. Também nós cremos, por isto é que falamos”.
Tem gente que pensa que a qualidade do pensar é determinada pela inteligência. Mas não é assim. Inteligência apenas determina sistemas lógicos, mas não a qualidade do pensar.
Assim, pode-se ser um gênio e capaz de inventar coisas extraordinárias. Entretanto, ainda assim, ter uma qualidade de pensar insensata.
O que qualifica o pensar não é a inteligência, mas sim a sabedoria!
Ora, sabedoria nada tem a ver com inteligência, mas com gratidão amorosa e reverente para com Deus: o sentido da vida!
A qualidade do pensamento é diretamente vinculada à sua capacidade de ver a realidade e a ela atribuir significados e valores certos.
O sábio vê o mal e dele se esconde.
O insensato vê o mal e o interpreta como uma oportunidade.
Ambos viram e vêem o mal. Porém, sob a camada do ver, em cada um dos dois — sábio e insensato — existe um olhar que nada tem a ver com o fato da pessoa ser um gênio ou um burro.
Há muitos gênios insensatos e há muitos burros sensatos!
Dois homens vêem uma maravilha da criação. Um deles não se ama, não se vê como tendo significado em relação aos demais seres humanos, e também sem nenhuma vontade de a eles servir pelo amor, mas, talvez, apenas pela chance de ter poder — e olhará para a maravilha que diante dele está, e poderá pensar: “Veio do nada, do acaso, dos dês-sentido”. Afinal, quem verá sentido em qualquer coisa se não o vir antes em si mesmo e em sua própria existência?
Já o outro homem a tudo vê com amor grato e reverente, enxergando sentido até na morte, até na dor, até no até...; e, por isso, diz: “Que maravilha! Eu e ela somos filhos do mesmo amor!”
Ora, tal homem não viverá no mesmo mundo do outro observador da maravilha, mesmo que estejam perfilados vendo a mesma coisa estupenda!
Quando o salmo diz “na Tua luz vemos a luz”, afirma que existe o que vemos, mas que isto é determinado pelo como e mediante o que vemos tudo, até a própria luz.
Quando se diz que Jesus seria objeto de contradição, se afirma também a mesma coisa, pois, o mesmo Jesus, visto em amor, é o Salvador; porém, visto sem amor, é apenas uma miragem buscando ser real, mas sendo vencida pelas forças do mundo real.
Ora, se meu pensar é determinado pelo meu crer essencial, o qual se vincula ao meu ver-sentir com ou sem amor e gratidão a existência [a partir da minha própria] — então, é sensato afirmar que a qualidade do crer que designará a qualidade do pensar, é equivalente ao vinculo que o crer tenha ao amar; pois, sem amor, não existe sensatez em nenhum olhar para si mesmo e para a existência.
A tentação do gênio, do filosofo, do cientista ou do vaidoso intelectual, é sucumbir à falácia de pensar que se pensa com o pensamento, esquecidos de que se pensa essencialmente com o coração, até quando alguém nega ter um.
Não existe razão pura entre os homens, mas apenas certa pureza de amor que qualifica certa pureza de pensar.
E tanto mais quanto o ver-pensar essencial seja definido pela fé que atua pelo amor, tanto mais limpo em sensatez será o olhar humano — seja o do gênio ou até mesmo o do burro.
Pense nisso!
Extraído de “Gênios insensatos e burros sábios”. Caio Fábio. 2008.
“Eu cri, por isso é que falei. Também nós cremos, por isto é que falamos”.
Tem gente que pensa que a qualidade do pensar é determinada pela inteligência. Mas não é assim. Inteligência apenas determina sistemas lógicos, mas não a qualidade do pensar.
Assim, pode-se ser um gênio e capaz de inventar coisas extraordinárias. Entretanto, ainda assim, ter uma qualidade de pensar insensata.
O que qualifica o pensar não é a inteligência, mas sim a sabedoria!
Ora, sabedoria nada tem a ver com inteligência, mas com gratidão amorosa e reverente para com Deus: o sentido da vida!
A qualidade do pensamento é diretamente vinculada à sua capacidade de ver a realidade e a ela atribuir significados e valores certos.
O sábio vê o mal e dele se esconde.
O insensato vê o mal e o interpreta como uma oportunidade.
Ambos viram e vêem o mal. Porém, sob a camada do ver, em cada um dos dois — sábio e insensato — existe um olhar que nada tem a ver com o fato da pessoa ser um gênio ou um burro.
Há muitos gênios insensatos e há muitos burros sensatos!
Dois homens vêem uma maravilha da criação. Um deles não se ama, não se vê como tendo significado em relação aos demais seres humanos, e também sem nenhuma vontade de a eles servir pelo amor, mas, talvez, apenas pela chance de ter poder — e olhará para a maravilha que diante dele está, e poderá pensar: “Veio do nada, do acaso, dos dês-sentido”. Afinal, quem verá sentido em qualquer coisa se não o vir antes em si mesmo e em sua própria existência?
Já o outro homem a tudo vê com amor grato e reverente, enxergando sentido até na morte, até na dor, até no até...; e, por isso, diz: “Que maravilha! Eu e ela somos filhos do mesmo amor!”
Ora, tal homem não viverá no mesmo mundo do outro observador da maravilha, mesmo que estejam perfilados vendo a mesma coisa estupenda!
Quando o salmo diz “na Tua luz vemos a luz”, afirma que existe o que vemos, mas que isto é determinado pelo como e mediante o que vemos tudo, até a própria luz.
Quando se diz que Jesus seria objeto de contradição, se afirma também a mesma coisa, pois, o mesmo Jesus, visto em amor, é o Salvador; porém, visto sem amor, é apenas uma miragem buscando ser real, mas sendo vencida pelas forças do mundo real.
Ora, se meu pensar é determinado pelo meu crer essencial, o qual se vincula ao meu ver-sentir com ou sem amor e gratidão a existência [a partir da minha própria] — então, é sensato afirmar que a qualidade do crer que designará a qualidade do pensar, é equivalente ao vinculo que o crer tenha ao amar; pois, sem amor, não existe sensatez em nenhum olhar para si mesmo e para a existência.
A tentação do gênio, do filosofo, do cientista ou do vaidoso intelectual, é sucumbir à falácia de pensar que se pensa com o pensamento, esquecidos de que se pensa essencialmente com o coração, até quando alguém nega ter um.
Não existe razão pura entre os homens, mas apenas certa pureza de amor que qualifica certa pureza de pensar.
E tanto mais quanto o ver-pensar essencial seja definido pela fé que atua pelo amor, tanto mais limpo em sensatez será o olhar humano — seja o do gênio ou até mesmo o do burro.
Pense nisso!
Extraído de “Gênios insensatos e burros sábios”. Caio Fábio. 2008.
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