terça-feira, 23 de dezembro de 2008

Conjugando o segundo diálogo


O viajante: E se você fosse um pintor?

O poeta: Poucas cores já seriam o suficiente. Continuou: Há vida em todas elas. No conjunto, as melhores matizes quando enxergadas com olhos sem véu. A cultura. A moral. A religião. E todos os demais véus.

O viajante: Você me fez lembrar as parábolas de um velho sábio. Pedirei licença à Rubem Alves e ressuscitarei o Senhor das Histórias, personagem de uma de suas obras. Ele diria que basta apenas a cor do amor.

O poeta: Quem ama, naturalmente, colore e acolhe...

O viajante: Quem ama não pode divergir?

O poeta: Claro. Tanto pode que diverge. Mas ama!

O viajante: Não se pode amar de uma outra forma?

O poeta: Quem ama, ama. Não há forma. Ama. Assim é que se pinta a existência com paz.

O viajante: Ah, se eu fosse um pintor...

O poeta: Eis aqui tuas mãos, os pincéis. Ame!


If I were a painter...

2 comentários:

Alex&Elisa disse...

Ainda me surpreendo com você e suas reflexões (ainda bem!).

Engraçado...sempre adorei a metáfora dos matizes e pinceis... (falamos uma vez ou outra, não foi?)

Pinceladas firmes, mas sem rudeza...e os mais coloridos cinzas (sim, os cinzas são coloridos, desde que vistos de perto).

Beijos natalinos e aconhegantes!

Alex

[Farelos e Sílabas] disse...

...

Alex:

Ora, ora, Alex! A mesmice é tão incolor!... como não surpreenderia com respirações em cores personalizadas?

Sim, já nos falamos tanta coisa. Matizes. Cores. Metáforas.

E eu repito que é bom saber que estás!

Feliz Natal!


...

Related Posts with Thumbnails